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Origem da Cidade de Cruz das Almas - BA.
Os primeiros habitantes destas terras foram os povos indígenas, Cariris e Sabujás e há também registros de que já haviam jesuítas na região no sec. XVII, na localidade chamada Embira.
Por ser rota dos tropeiros que vinham do Alto Sertão com destino ao Rio Paraguaçu onde ficavam os portos de São Félix e Cachoeira, importante entreposto comercial, eles passavam pela região. E, segundo o escritor Mário Pinto da Cunha em sua obra “A História de Cruz das Almas”, esses tropeiros tinham como ponto de encontro um cruzeiro aqui erguido, onde além de pousarem para descansar, alimentar e dar de beber à montaria, também rezavam pelas almas. Foi este, provavelmente, o mote para o surgimento do primeiro núcleo habitacional. A atitude de rezar pelas almas, ao pé do cruzeiro, teria tido grande influência na futura definição do nome da cidade.
As extensas áreas de terras planas, muito favoráveis ao cultivo agrícola atraíram descendentes europeus procedentes de Cachoeira e de outros locais do Recôncavo. Dentre estes pioneiros destacava muito favoraveis m-se os Batista de Magalhães e os Rocha Passos que, apropriando-se destas terras, estabeleceram aqui suas fazendas e engenhos de cana-de-açúcar, sendo os responsáveis pelo consequente desenvolvimento do novo núcleo.
O cruzeiro das almas, já então absorvido pelo arraial, constituiu a Freguesia de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Outeiro Redondo do Município de São Félix e, em 22 de janeiro de 1815, por Alvará Régio do Príncipe Regente Dom João, foi oficialmente elevada à categoria de Freguesia, recebendo o nome de Nossa Senhora do Bom Sucesso da Cruz das Almas, tendo como matriz a Igreja de Outeiro Redondo. A escrituração continuou nos livros de Outeiro Redondo até 1857, quando foi aberto o primeiro livro separado e intitulado A Freguesia de Cruz das Almas.
Com o surgimento da República e graças a um projeto de lei apresentado pelo Senador Themístocles da Rocha Passos, o Distrito de Cruz das Almas foi desmembrado de São Félix e emancipado a município, através da Lei Estadual n°190, de 29 de julho de 1897, assinada pelo governador da Bahia, Conselheiro Luiz Vianna.
Por este feito o Senador Themístocles é chamado de “Patriarca da Emancipação”.
A bandeira é composta de fundo amarelo, coberto com uma cruz em preto, como referência ao nome da cidade – Cruz das Almas, acompanhada de quatro enxadas, uma centrada em cada canto, que homenageia aqueles que “trabalham o solo fecundo”.
Já a imagem do Brasão de Armas do Município traz em seu simbolismo um riquíssimo significado. Consta de escudo de ouro, em cruz firmada de preto, acompanhada de quatro enxadas do mesmo esmalte e insígnias; é coroado por mural com quatro torres de prata, que representa cidade municipal e ostenta o lema “DEUS ADJUVAT” em letras de ouro sobre listel preto, que significa “Com a ajuda de Deus”.
A bandeira e o brasão de Cruz da Almas foram instituídos como símbolos oficiais do município em 1971, na gestão do prefeito Dr. Fernando Carvalho de Araújo, conforme Decreto n.977 de 29 de julho de 1971 . Seus desenhos foram criados por um monge beneditino, o heraldista Irmão Paulo Larchemayer.
O hino a Cruz das Almas, na sua composição tem letra escrita pelo Prof. Floriano de Araújo Mendonça e a música pelo renomado Maestro Eduardo Vieira de Mello.
O hino oficial foi instituído conforme Decreto Municipal 1.173/74 de 29 de julho de 1974.
HINO A CRUZ DAS ALMAS
Cruz das Almas, recanto formoso,
terra forte, aprazível, feraz,
a pujança da Pátria nos lembra
teu ardor de progresso e de paz!
Eu me orgulho de ti, Cruz das Almas,
pois teu nome nos lembra o madeiro
que, benzendo o Brasil, na Bahia,
trouxe à pátria o sinal do Cruzeiro!
Município de escol, dos primeiros
que rebrilham ao sol da Bahia
teu sorriso de luz nos encanta
e enternece de amor, dia a dia!
Eu me orgulho de ti, Cruz das Almas,
pois teu nome nos lembra o madeiro
que, benzendo o Brasil, na Bahia,
trouxe à pátria o sinal do Cruzeiro!
Cruz das Almas, torrão abençoado,
que do viço das flores te enfeitas
respondendo aos trabalhos nos campos,
com a riqueza de tuas colheitas!
Eu me orgulho de ti, Cruz das Almas,
pois teu nome nos lembra o madeiro
que, benzendo o Brasil, na Bahia,
trouxe à pátria o sinal do Cruzeiro!
Amo ver-te sorrindo, vaidosa,
verdejante com as chuvas de abril!
No teu solo, entre as belas culturas,
cresce o fumo melhor do Brasil!
Eu me orgulho de ti, Cruz das Almas,
pois teu nome nos lembra o madeiro
que, benzendo o Brasil, na Bahia,
trouxe à pátria o sinal do Cruzeiro!
Tabuleiro de frutos coberto,
vais crescendo em vigor e riqueza!
Cruz das Almas! Teus filhos ditosos
também crescem com tua grandeza!
Eu me orgulho de ti, Cruz das Almas,
pois teu nome nos lembra o madeiro
que, benzendo o Brasil, na Bahia,
trouxe à pátria o sinal do Cruzeiro!
Aproveite para navegar um pouco mais, conheça sobre o que Cruz das Almas tem de melhor, seu povo e sua história!
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